Resenha

Capa 📖 A Garota Que Lê No Metrô
👤 Christine Féret-Fleury
📚 Editora Valentina
📌 160 páginas

"A garota que lê no metrô" é um livro de "romance" lançado em 2020 pela a editora Valentina e traduzido por Maria de Fátima Oliva Do Coutto.

"Juliette é uma jovem e solitária parisiense que leva uma vida metódica - todas as terças vai ao supermercado e às sextas, ao cinema. Pega o metrô todos os dias para ir ao trabalho e observa todas as pessoas e seus livros dentro do veículo em uma monótona rotina. Certo dia, a jovem decide romper com a rotina e usufruir o prazer de percorrer as ruas a pé, observando o formato das nuvens, com o olhar em busca do novo. E esse desvio mudará completamente a sua vida, graças ao iraniano Soliman e sua pequenina filha Zaïde."



O E N R E D O

O livro é narrado pela a própria Juliette que conta sua monótona rotina até que um dia ela resolver fazer algo diferente e isso trás mudanças radicais em sua vida. Juliette vai contando sobre essas mudanças enquanto tenta administrar tudo que vai acontecendo e sentindo, além de tentar encontrar um objetivo/propósito para sua vida.



O Q U E A C H E I

➝ Monique

A garota que lê no Metrô me trouxe diversos sentimentos, não seria um livro o qual eu leria novamente, porém não posso deixar de ressaltar que tem lá suas partes interessantes. Um ponto positivo e a idéia que o livro trás sobre mensageiros de livros, eu amei.

É interessante você ter o pensamento de que cada pessoa tem "O seu próprio livro". Aquele que pode ter remeter a uma lembrança, um sentimento ou até a uma mudança.

Já o ponto negativo foram os desvaneios da nossa protagonista Juliette, ela alterna muito entre passado e presente, sei que em alguns momentos se faz necessário já que a autora tenta nos fazer entender os medos e receios da personagem. Porém é tudo muito detalhista e isso torna tudo cansativo para o leitor.



C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S

➝ Lua

Uma curiosidade inusitada é que o livro está categorizado como romance, mas "romance" passou muito longe disso.

Embora a leitura em si não tenha sido uma experiência muito agradável, devo confessar que havia muitas reflexões e mensagens bem sutis no livro que é muito válido ressaltar como o desapego, a transformação/mudança que o livro pode causar na vida de alguém, qual o proposito/objetivo da vida entre outros...

Mas há em uma particular que me impactou profundamente, foi uma das fala de Zaide para Juliette onde ela diz:

"— Ele sempre diz que foi ao outro lado do mundo sem sair da cadeira. Vai fazer igual? Você não sai mais. Só passeia dentro da sua cabeça. Ah, eu não poderia.
— No entanto, você adora as histórias — comenta Juliette.
— As histórias me dão vontade de viver aventuras também."

Esse breve diálogo me fez refletir e muito sobre a finalidade dos livros em minha vida. Percebo que para a maioria das pessoas os livros são fuga da vida, quando penso eu, que deveria ser coragem pra enfrentar-la. Então porque sempre optamos por fugir?

É claramente uma forte premissa da qual foi deixada de lado e merecia na minha perspectiva muito mais atenção.



P A R A Q U E M I N D I C A M O S

Acredito que leitores de poesias que gostam de muitos termos comparativos e palavras diferente a ponta de ser um desafio decifra-las possam se interessar pelo livro. Sem falar por ser um livro curto é bastante ideal pra sair de uma ressaca literária.

Foto Perfil Escrito por Monique Ribeiro e Lua Ray
da pagina Monatrix Book